quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Parlenda e trava linguas

Parlenda (do verbo parlar) ou trava-línguas, é uma forma literária tradicional, rimada com caráter infantil, de ritmo fácil e de forma rápida. Usada, em muitas ocasiões, para brincadeiras populares. Normalmente é uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo.

Algumas vezes, é chamada de trava-línguas, quando é repetida de forma rápida ou várias vezes seguidas, provocando um problema de dicção ou paralisia da língua, que diverte os ouvintes. Assim, pede-se a alguém que repita uma parlenda, em prosa ou verso, de forma rápida - "fale bem depressa" - "diga correndo" - ou que a repita várias vezes seguidas - "repita três vezes".

As parlendas não são cantadas e, sim, declamadas em forma de texto, estabelecendo-se como base a acentuação verbal.

Os portugueses denominam as parlendas cantilenas ou lengalengas. Na literatura oral é um dos entendimentos iniciais para a criança e uma das fórmulas verbais que ficam, indeléveis, na memória adulta.

A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. No interior, aí pela noitinha, naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam brincar com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas. Uma das mais comuns é a elas ensinam aos filhos apontando-lhes os dedinhos da mão – Minguinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo e mata piolho.
Quando os ensina a bater palmas ou balança a rede, o berço ou a cadeira, diz:

Palma, palminha,
Palminha de Guiné
Pra quando papai vié,
Mamãe dá a papinha,
Vovó bate cipó,
Na bundinha do nenê.

Outras variantes são:


Bão, babalão,
Senhor Capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Em terra de mouro
Morreu seu irmão,
Cozido e assado
No seu caldeirão.

0u

Bão-balalão!
Senhor capitão!
Em terras de mouro
Morreu meu irmão,
Cozido e assado
Em um caldeirão;
Eu vi uma velha
Com um prato na mão,
Eu dei-lhe uma tapa
Ela, papo... no chão!



Hoje é domingo
Pé de cachimbo
Cachimbo é de barro
Bate no jarro
O jarro é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo.

0u

Amanhã é domingo,
Pé de cachimbo;
Galo monteiro
Pisou na areia
A areia é fina
Que deu no sino
O sino é de prata
Que deu na barata
A barata é de ouro
Que deu no besouro
O besouro é valente
Que deu no tenente
O tenente é mofino
Que deu no menino...



Dinglin... dingues, Maria Pires?
Estou fazendo papa!
Para quem
Para João Manco.
Quem o mancou?
Foi a pedra.
Cadê a pedra?
Está no mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Foi buscar milho.
Para quem?
Para a galinha.
Cadê a galinha?
Está “pondo”.
Cadê o ovo?
O padre bebeu.
Cadê o padre?
Foi dizer a missa.
Cadê a missa?
Já se acabou!

0u

Cadê o toicinho daqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Foi amassar trigo.
Cadê o trigo?
A galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Foi botar ovo.
Cadê o ovo?
O padre bebeu.
Cadê o padre?
Foi rezar a missa.
Cadê a missa?
Já se acabou!

Os portugueses denominam as parlendas cantilenas ou lengalengas. Na literatura oral é um dos entendimentos iniciais para a criança e uma das fórmulas verbais que ficam, indeléveis, na memória adulta.

Exemplos de trava-línguas:

Uma aranha dentro da jarra. Nem a jarra arranha a aranha nem a aranha arranha a jarra.

A aranha arranha a rã. A rã não arranha a aranha.

Sobre aquela serra há uma arara loura. A arara loura falará? Fala, arara loura!

Chupa cana chupador de cana na cama chupa cana chuta cama cai no chão.

A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem suceder o sucesso...

Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem.

A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.

Comprei uma arara rara em araraquara.

Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.

Pedro Pereira Pedrosa pediu passagem para Pirapora.

Pode passar, porteiro, para pegar peixe piau.

O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio principesco da princesa.

O Tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu pro tempo
que o tempo tem o tempo que o tempo tem.

Há quatro quadros três e três quadros quatro.
Sendo que quatro destes quadros são quadrados,
um dos quadros quatro e três dos quadros três.
Os três quadros que não são quadrados,
são dois dos quadros quatro e um dos quadros três.

Casa suja, chão sujo.

Um ninho de mafagafos, com sete mafagafinhos. Quem os desmafagafizer bom desmafagafizador será.

O bispo de Constantinopla, é um bom desconstantinopolitanizador. Quem o desconstantinopolitanizar, um bom desconstantinopolitanizador será.

Não confunda cafetão de gravata com capitão de fragata.

O peito do pé do Pedro é preto.

O rato roeu a roupa do rei de Roma.

Pinga a pia apara o prato, pia o ***** e mia o gato

Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco é ornitorrinco, ornitologista é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.

O original não se desoriginaliza! O original não se desoriginaliza! O original não se desoriginaliza! Se desoriginalizásemo-lo original não seria!

Quico quer quaqui. Que quaqui que o Quico quer? O Quico quer qualquer quaqui.

Toco preto, porco fresco, corpo crespo.

Uma trinca de trancas trancou tancredo.

Atrás da pia tem um prato, um ***** e um gato. Pinga a pia, para o prato, pia o ***** e mia o gato.

Se o Arcebispo-Bispo de Constantinopla a quisesse desconstantinoplizar, não haveria desconstantinoplizador que a desconstantinopllizasse desconstantinoplizadoramente.

Pedro pediu permissão para passar pelo portão para pegar o ***** pelado pelo pescoço.

Percebeste ou fingiste que percebeste para que os outros percebessem que tivesses percebido, percebeste?

Atrás do quadro da escola bibliotécnica estava um papibaquígrafo.

O doce perguntou pro doce qual era o doce que era mais doce e o doce respondeu pro doce que o doce que era mais doce era o doce de batata-doce.

Luzia lustrava o lustre listrado, o lustre listrado luzia.

Um limão, mil limões, um milhão de limões.

Um tigre, dois tigres, três tigres.

Perto daquele ripado está palrando um pardal pardo.
- Pardal pardo porque palras?
- Eu palro e palrarei porque sou o pardal pardo palrador D'el Rei!

O rato roeu a roupa do Rei da Rússia que a Rainha, com raiva, resolveu remendar.

Um prato de trigo para um tigre, dois pratos de trigo para dois tigres, três pratos de trigo para três tigres, etc...
Três pratos de trigo para três tigres tristes.

O original nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará.

Qual é o doce que é mais doce que o doce de batata doce?
Respondi que o doce que é mais doce que o doce de batata doce é o doce que é feito com o doce do doce de batata doce.

Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.

O tempo perguntou ao tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que não tem tempo pra dizer ao tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem.

Embaixo da pia tem um ***** que pia, quanto mais a pia pinga mais o ***** pia!

Se o príncipe de constantinopla quisesse se desconstantinopolizar qual seria o desconstantinopolizador que iria a constantinopla para descontantinopolizá-lo?

A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia que o sabiá não sabia que a sábia não sabia que o sabiá sabia assobiar.

O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas.

Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretárita perfeitíssima.

Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco, é ornitorrinco, ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.

Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia?

Os naturistas são naturalmente naturais por natureza.

Verbo tagarelar no tempo condicional:

- Eu tagarelaria
- Tu tagarelarias
- Ele tagarelaria
- Nós tagarelariamos
- Vós tagarelarieis
- Eles tagarelariam.

O rei de Roma ruma a Madri.

Rosa vai dizer à Rita que o rato roeu a roupa do rei de Roma.

O rato roer roía e, a Rosa Rita Ramalho, do rato a roer se ria!

O rato roeu

  • Trava-línguas é aquela brincadeira de criança que se usa para desenvolver a linguagem, tipo: Três tristes tigres num trigal. O rato roeu a rolha da garrafa do rei de Roma... e muitas outras. É um ótimo exercício de fono.

TENTE FALAR BEM RAPITO ESTES VERSOS ABAIXO:

A pia pinga
o pi.nto pia,
quanto mais a pia pinga
mais o pin.to pia.

Olha o peito de Pedro
o peito de Pedro é preto.

Quem amafagafa os amafagafinhos
bom amafagador será.

Um prato de trigo para três
tigres tristes.

ESTES VERSOS DIFÍCEIS DE SE FALAR, NÓS OS CHAMAMOS DE TRAVA LINGUA.
ISTO ACONTECE PORQUE HÁ UMA COMBINAÇÃO DE SONS CACOFÔNICOS.



Trava-línguas
Alguns trava-línguas para divertirmos a criançada!!!





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