terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

TRABALHO COM AGRUPAMENTOS NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS.

TRABALHO COM AGRUPAMENTOS NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS.

O trabalho em grupo é uma oportunidade de construir coletivamente o conhecimento. Por meio dessa prática o aluno se relaciona de modo diferente com o saber. É um momento de troca, em que a criança se depara com diferentes percepções, pois a aprendizagem depende de uma ação de mão dupla e essa interação não se resolve por mera passividade.

Trabalhando em grupos, o aluno exercita uma série de habilidades. Ao mesmo tempo em que estuda o conteúdo das disciplinas, ele aprende a escolher, a avaliar e decidir desenvolve além da autonomia, a capacidade de ouvir e respeitar opiniões diferentes.

Segue abaixo orientações referentes ao trabalho com agrupamentos nas salas de 5º ano de 2012:

1. Para ser proveitoso, esse tipo de trabalho pede estratégias para cada faixa etária, o primeiro passo é o professor conhecer as necessidades da faixa etária com a qual está trabalhando e planejar suas ações a partir disso.



2. Antes de agrupar os alunos o professor deverá realizar um mapeamento de sua sala, quanto mais se sabe sobre o nível de desenvolvimento de seus alunos, mais produtivo será o agrupamento. Esse diagnóstico não deve acontecer apenas no início do ano e em apenas uma disciplina. Deve ser repetida ao longo do ano, e o desempenho de cada um acompanhado de perto em observações (nos relatórios bimestrais) e na análise das produções (portfólios). É importante lembrar que diferentes conteúdos exigem diferentes tipos de diagnósticos, podem ser utilizadas estratégias diferentes para a realização desse diagnóstico (individual, coletivo ou em grupos), o importante é a observação do professor e registro das observações.



3. Fazer um diagnóstico detalhado também será essencial para pensar nos desafios que precisam ser vencidos pelos alunos, nos saberes que cada um apresenta e, acima de tudo nos progressos a promover.



4. Depois de conhecer as necessidades de cada aluno o próximo passo é pensar e planejar o conteúdo a ser ensinado e nos objetivos específicos das atividades. O professor deve ter em mente qual é o objetivo do seu trabalho e, em função disso, escolher as melhores atividades para alcançá-lo, dar orientações e propor o tipo de grupo.



5. O trabalho individual acontecerá quando a atividade realizada servir para “diagnosticar o que a criança já aprendeu ou ainda precisa aprender, a mesma será um norte para o professor e o conduzirá nas ações posteriores”.



6. A forma como os alunos serão agrupados dependerá da intencionalidade do professor. Poderão ser agrupadas crianças com conhecimentos diferentes, com conhecimentos próximos, mas habilidades distintas... É importante que não se agrupe alunos com habilidades e conhecimentos iguais, pois o principal objetivo é trocar conhecimentos diferentes e a partir disso garantir a construção e circulação de novos conhecimentos.



7. Ao agrupar os alunos o foco do professor deve ser sempre a circulação de conhecimento e informações e não simplesmente o comportamento dos alunos ou a afinidade entre eles, dependendo da proposta em alguns momentos alunos que tem dificuldade de relacionamento também deverão trabalhar no mesmo grupo, neste momento caberá ao educador criar condições e intervir para que o trabalho entre eles continue sendo produtivo evitando que uns se calem ou obedeçam e outros dominem o trabalho.



8. Alunos com muitas dificuldades de aprendizagem não devem ser agrupados em um único grupo permanentemente, lembrando que a intenção desse trabalho não é separar alunos “fracos”, “médios” e “fortes”, mas criar condições para a colaboração e trocas. Portanto o professor não preparará atividades “diferentes” para esses alunos, mas dosará desafios realizáveis pensando em cada grupo e intervenções pontuais com cada aluno.



9. O professor deve dar autonomia aos alunos, porém isso não significa deixar de intervir. Existirão situações em que as crianças deverão resolver com a colaboração de todos do grupo e outras em que precisarão da orientação do professor mais próximo do grupo. O professor deve ter a consciência que em momento algum as crianças ficarão sem assistência ou livres para fazer o que quiserem, por isso mesmo o planejamento das aulas deverá contemplar todos os momentos da rotina.



10. Cabe ao professor definir a tarefa a ser realizada no dia, na roda da conversa, dar instruções e sugestões de encaminhamentos, indicar materiais, explicar as regras sobre cooperação entre os participantes (retomando-as sempre que necessário) e socializar informações.



11. É importante que o professor observe o desempenho de todos no processo e modifique a formação dos grupos conforme a necessidade.



12. O ideal para essa faixa etária é que o professor inicie o trabalho do coletivo, quando se tratar de conteúdos desconhecidos pelos alunos, depois pode dividí-los em grupos, trios, duplas ou individualmente (organização descendente). Em outros momentos os alunos podem resolver determinadas situações em duplas e depois socializá-las com o grande grupo as estratégias utilizadas (organização ascendente).



13. O professor pode dar tarefas diferentes para cada agrupamento, desde que haja um objetivo geral e comum para todos, é importante variar o grau de desafio da proposta para melhor atender a diversidade da sala (isso demandará mais tempo do que se todos tivessem com a mesma atividade), orientar o que cada grupo fará e fiscalizar se todos concluíram os objetivos propostos.



14. Devem ser utilizados os diversos ambientes da escola, por exemplo: indicar sites a serem pesquisados pelos alunos no laboratório de informática, ou bibliografia para pesquisas na biblioteca escolar, entrevista com questões elaboradas em grupo com pessoas da comunidade ou funcionários da escola, ou mesmo pesquisas de campo ao redor da escola ou no próprio bairro.



15. Lembre-se que trabalhar com agrupamentos não significa apenas dividir os alunos em grupos e continuar com a mesma aula expositiva, ou dividir tarefas para cada um do grupo em que tenham de realizá-las individualmente, o objetivo com já foi dito anteriormente é a interação.



16. Avaliação deve acontecer em todos os momentos do trabalho. Se o professor perceber que um dos alunos não está produzindo, porque apresenta um nível muito diferente dos demais, ou se observar que determinado grupo está com pouco estímulo o ideal é reagrupar.



17. Definir a atuação de cada um no grupo é uma boa estratégia para garantir que todos contribuam. Pode ser feita uma legenda na lousa ou em cartaz e crachás indicando a função de cada um, os quais poderão ser reutilizados em outras atividades em que os integrantes troquem de funções. É importante lembrar que ter um papel não significa ter uma tarefa e dar conta dela sozinho. A criança terá sua função desde que a desempenhe com a ajuda dos demais colegas.



18. O roteiro do trabalho também pode ser colocado na lousa ou em forma de cartaz para que os alunos utilizem como meta e tenham sempre a visualização do que já foi realizado e o que ainda falta para concluírem a atividade proposta.



19. No trabalho em grupos pequenos as crianças desenvolvem atitudes que devem ser vistas pelo professor como conteúdo em si (saber ouvir, respeitar opiniões alheias, metacognição, respeito, cooperação, tolerância, paciência, resiliência, conciliação entre outras) para isso é importante que desenvolva diferentes papéis dentro do grupo.


RETIRADO DO BLOG ITAPEVA.


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