Organização do espaço pedagógico em sala de aula
Organização do espaço e tempo pedagógico na sala de
aula
A escola trabalha com o conhecimento de
uma maneira bastante específica e o espaço onde esse trabalho efetivamente
acontece é a sala de aula.
Pensar a organização da sala de aula é pensar na relação de professores e alunos com o conhecimento. A sala de aula assumirá feições diferentes conforme essa relação for concebida: vai variar o uso do espaço e do tempo, a organização das atividades e do material, e mesmo o tipo de relações interpessoais.
Muitos professores, contudo, repetem as velhas práticas de sala de aula por mera tradição, sem pensar no sentido que tem. A repetição mecânica de normas e procedimentos, através do tempo, faz com que tais práticas pareçam “naturais”, “obrigatórias”. É importante ter clareza do que se entende por conhecimento e aprendizagem, para poder planejar bem as situações de ensino, selecionando atividades e materiais adequados, rejeitando práticas incompatíveis com os objetivos.
Um exemplo é o apego que certos professores e profissionais da educação demonstram à ideia do silêncio dos alunos o tempo todo e a qualquer custo, isso revela uma visão de crianças como seres passivos, que devem ficar o tempo todo escutando, escutando...
O professor que reconhece a importância da interação no processo de aprendizagem, garante ocasiões para a troca de conhecimentos, as experiências de cada um serviram como contribuição para o conhecimento dos outros, de todos.
Na sala de aula, ocorrem naturalmente ocasiões de interação espontânea entre os alunos. No entanto, é função do educador prever formas e momentos específicos de interação, de acordo com os objetivos que pretende atingir. Nesse contexto algumas questões colocam para reflexão:
1- COMO TRABALHAR COM OS ALUNOS QUE APRESENTAM DIFERENTES NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO OU DE CONHECIMENTO?
2- COMO ATUAR PARA QUE TODOS OS ALUNOS NO FINAL DO PROCESSO AVANCEM DE MANEIRA SIGNIFICATIVA EM SEUS CONHECIMENTOS?
3- COMO CADA ALUNO PODE CONTRIBUIR PARA O GRUPO?
Algumas das respostas possíveis às questões acima se encontram na forma de organizar os alunos para determinadas atividades. Para promover situações de ensino produtivas, é importante planejar momentos que possibilitem diversos tipos de interação.
Pensar a organização da sala de aula é pensar na relação de professores e alunos com o conhecimento. A sala de aula assumirá feições diferentes conforme essa relação for concebida: vai variar o uso do espaço e do tempo, a organização das atividades e do material, e mesmo o tipo de relações interpessoais.
Muitos professores, contudo, repetem as velhas práticas de sala de aula por mera tradição, sem pensar no sentido que tem. A repetição mecânica de normas e procedimentos, através do tempo, faz com que tais práticas pareçam “naturais”, “obrigatórias”. É importante ter clareza do que se entende por conhecimento e aprendizagem, para poder planejar bem as situações de ensino, selecionando atividades e materiais adequados, rejeitando práticas incompatíveis com os objetivos.
Um exemplo é o apego que certos professores e profissionais da educação demonstram à ideia do silêncio dos alunos o tempo todo e a qualquer custo, isso revela uma visão de crianças como seres passivos, que devem ficar o tempo todo escutando, escutando...
O professor que reconhece a importância da interação no processo de aprendizagem, garante ocasiões para a troca de conhecimentos, as experiências de cada um serviram como contribuição para o conhecimento dos outros, de todos.
Na sala de aula, ocorrem naturalmente ocasiões de interação espontânea entre os alunos. No entanto, é função do educador prever formas e momentos específicos de interação, de acordo com os objetivos que pretende atingir. Nesse contexto algumas questões colocam para reflexão:
1- COMO TRABALHAR COM OS ALUNOS QUE APRESENTAM DIFERENTES NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO OU DE CONHECIMENTO?
2- COMO ATUAR PARA QUE TODOS OS ALUNOS NO FINAL DO PROCESSO AVANCEM DE MANEIRA SIGNIFICATIVA EM SEUS CONHECIMENTOS?
3- COMO CADA ALUNO PODE CONTRIBUIR PARA O GRUPO?
Algumas das respostas possíveis às questões acima se encontram na forma de organizar os alunos para determinadas atividades. Para promover situações de ensino produtivas, é importante planejar momentos que possibilitem diversos tipos de interação.
ATIVIDADES COLETIVAS, INDIVIDUAIS E EM
GRUPO
Qualquer que seja a forma adotada para distribuir as atividades ao
longo do dia é interessante que o
planejamento contemple momentos de participação coletivas de toda a classe,
momentos em que cada um trabalha por si só, e em que os
alunos interagem mais intensivamente, trabalhando em grupos. Momentos coletivos com a classe
são importantes em várias situações, como por exemplo, no planejamento das
atividades, na introdução de um assunto novo, na sistematização dos conteúdos
trabalhados, na avaliação das atividades desenvolvidas.
Ao proporcionar esses momentos, é preciso considerar a faixa etária dos alunos. Crianças pequenas não conseguem se manter atentas por longos períodos. Assim, é mais interessante variar as atividades e repetir uma mesma informação em diferentes situações, de diversas formas, do que tentar esgotá-la de uma única vez.
O contato pessoal dá ao professor a oportunidade de conhecer melhor cada aluno, seu momento de desenvolvimento, suas dificuldade e dúvidas. Esse conhecimento é de fundamental importância para alimentar decisões nos futuros planejamentos.
Para alunos que não estejam acompanhando o trabalho da classe, é mais proveitoso dedicar dez a quinze minutos de atenção à suas necessidades específicas do que passar horas tentando entender o que está acontecendo ali na classe, sem conseguir avançar.
A ação pedagógica estruturada no trabalho em grupos, além de propiciar as necessárias trocas de informação, criam situações que favorecem o desenvolvimento e a sociabilidade, da cooperação e do respeito mútuo entre os alunos, garantindo aprendizagens significativas.
O ser humano e, portanto, as crianças e jovens não são iguais: as informações disponíveis a cada um são distintas; as estratégias de pensamento e ação, bem como recursos utilizados, são diferentes (...). Essa diversidade, que caracteriza a diferença entre indivíduos de um certo grupo, é tida como fundamental para a própria interação que irá se dar em sala de aula: sem essa desigualdade não seria possível a troca e consequentemente, o alargamento das capacidades cognitivas pelo esforço partilhado, na busca de soluções comuns”.(Claudia Davis)
Ao proporcionar esses momentos, é preciso considerar a faixa etária dos alunos. Crianças pequenas não conseguem se manter atentas por longos períodos. Assim, é mais interessante variar as atividades e repetir uma mesma informação em diferentes situações, de diversas formas, do que tentar esgotá-la de uma única vez.
O contato pessoal dá ao professor a oportunidade de conhecer melhor cada aluno, seu momento de desenvolvimento, suas dificuldade e dúvidas. Esse conhecimento é de fundamental importância para alimentar decisões nos futuros planejamentos.
Para alunos que não estejam acompanhando o trabalho da classe, é mais proveitoso dedicar dez a quinze minutos de atenção à suas necessidades específicas do que passar horas tentando entender o que está acontecendo ali na classe, sem conseguir avançar.
A ação pedagógica estruturada no trabalho em grupos, além de propiciar as necessárias trocas de informação, criam situações que favorecem o desenvolvimento e a sociabilidade, da cooperação e do respeito mútuo entre os alunos, garantindo aprendizagens significativas.
O ser humano e, portanto, as crianças e jovens não são iguais: as informações disponíveis a cada um são distintas; as estratégias de pensamento e ação, bem como recursos utilizados, são diferentes (...). Essa diversidade, que caracteriza a diferença entre indivíduos de um certo grupo, é tida como fundamental para a própria interação que irá se dar em sala de aula: sem essa desigualdade não seria possível a troca e consequentemente, o alargamento das capacidades cognitivas pelo esforço partilhado, na busca de soluções comuns”.(Claudia Davis)
A diversidade entre os alunos
confere heterogeneidade e riqueza ao grupo. Ao observar criteriosamente qualquer
grupo (ou uma classe) considerado “homogêneo”, podemos constatar que, entre seus
integrantes, há mais diferenças do que semelhanças. Se, ao invés de tentar
reduzir as diferenças, o professor aproveitar a variedade de respostas dos
alunos, promovendo trocas entre eles, estará garantindo uma aprendizagem mais
efetiva para todos, “não se trata de trabalho com as diferenças, ignorando-as e
sim com as diferenças encaradas como contribuições e não como faltas ou
necessidades...”
Ao agrupar os alunos o professor deve ter bem
claro o objetivo previsto para cada situação. Dependendo da natureza da tarefa a
ser realizada, pode levar os alunos a escolherem parceiros ou ao contrário,
determinar ele mesmo os elementos de cada grupo.
As duplas e trios são formas de interação
que propiciam contato mais pessoal, permitem a participação de todos e
possibilitam ao professor acompanhar mais de perto o processo de cada
participante. Já os grupos maiores favorecem o confronto de um maior número de
posições, de alternativas, de soluções.
Para trabalhar em grupo os alunos devem
ser estimulados a discutir a tarefa e a buscar conjuntamente as formas de
realizá-la. O trabalho costuma ser mais produtivo quando os participantes
assumem diferentes tarefas para execução.
Em
determinados momentos do trabalho,
pode-se ajudar os alunos a assumir responsabilidade e comprometer-se com sua
aprendizagem, discutindo as tarefas com eles, encorajando-os a prever o tempo
que necessitam para realizá-las. Esse procedimento estimula-os a se concentrar
no seu alvo e a planejar a distribuição de sua carga de trabalho ao longo do dia
ou da semana.
Para
aprender a trabalhar dessa forma, os alunos precisam ser bem orientados.
Pode-se, por exemplo, escrever no quadro as atividades propostas para o dia.
Todos os alunos terão que fazer as mesmas tarefas, em grupo ou individualmente,
mas não necessariamente ao mesmo tempo, assumindo o compromisso e a
responsabilidade por sua realização.
A criação de uma rotina exige
o estabelecimento de certas normas facilitadoras. Às vezes, forma-se um
entendimento deturpado de normas e rotinas, relacionando-as a procedimentos
rígidos, a práticas tecnicistas e antiquadas. No entanto, priorizar a interação
social no processo de conhecimento propõe uma rotina em que os alunos precisam saber quais
atividades programadas, o que devem fazer, como se organizarão no espaço, onde
podem encontrar o material necessário, etc.
A apropriação dessas normas
não se faz em apenas uma discussão com a classe, nem basta afixar um cartaz
contendo a lista de itens com os quais todos concordaram. Esse é um trabalho
diário que exige persistência do professor, sobretudo nos primeiros meses de
aula.
O cuidado principal com a
rotina e regras está em usá-las sem sufocar a interação, as trocas e a
criatividade. A sala de aula viva e produtiva pode não ser silenciosa, mas
sempre está disciplinada. Disciplina aqui se entende como organização do espaço,
das atividades e dos participantes, de modo a favorecer o processo de
conhecimento e instalar elo de trabalho entre todos. Ela se expressa tanto
através do silêncio da concentração como pelo ruído de vozes no
diálogo.
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