sábado, 2 de novembro de 2013

ENCONTRO DO PACTO UNIDADE 2

Pauta 1 – Leitura do texto para deleite: A canoa (Paulo Freire); 2 – Registro dos encontros: reflexões individuais e trabalho em grupo; 3 – Orientação para confecção do portfólio: a) atividades com alunos; b) fichas do perfil da turma (PNAIC e SME); c) sequência didática com um livro de literatura do acervo (tarefa); d) fotos de uso do material do PNAIC (atividades e cantinhos); 4 – Leitura da seção “Iniciando a conversa”; 5 – Leitura do texto 1 (Planejamento do ensino: princípios didáticos e modos de organização do trabalho pedagógico) - Unidade 2; análise dos depoimentos das crianças, identificando em cada depoimento quais critérios elas usaram para avaliar as aulas das professoras; 6 – Resumo do texto 2 (Rotina na alfabetização: integrando diferentes compo­nentes curriculares) - Unidade 2; análise do quadro de rotina em comparação com a rotina sugerida pelo programa “Ler e Escrever” e a dos cursistas; 7 – Elaborar proposta de reorganização da rotina para o segundo semestre; 8 – Programa “Alfabetização e letramento”, da TVE . Salto para o futuro - anos iniciais do ensino fundamental - http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=5582 Tarefas (para casa e escola) 1 - Elaborar sequência didática com um livro de literatura do acervo; (Veja bons exemplo de sequências didáticas nos links abaixo: "Contos de fadas" http://www.slideshare.net/rbonater/sequncia-didtica-ermantina "Como começa" https://docs.google.com/file/d/0B9I8wlspav89NDBDUE5XazJSQjg/edit?pli=1 "Literatura infantil: identificando personagens e características" http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9186 ) 2 - Ler o texto “Materiais didáticos no ciclo de alfabetização”, da seção “Compartilhando”, da Unidade 2, e fazer um levantamento dos materiais descritos no texto que estão na escola. Analisar os materiais e listar alguns a serem usados na turma de terceiro ano; 3 - Reler o texto 1 (Planejamento do ensino: princípios didáticos e modos de organização do trabalho pedagógico) - Unidade 2; refletir sobre a questão: Considerando os 10 princípios didáticos apresentados, como você avalia a sua prática? Resumo do texto 2 - Unidade 2 Rotina na alfabetização: integrando diferentes componentes curriculares Telma Ferraz Leal Juliana de Melo Lima No componente curricular Língua Portuguesa, os direitos de aprendizagem são organizados em quatro eixos centrais: leitura, produção de textos escritos, linguagem oral e análise linguística. No eixo da leitura, três dimensões interligadas precisam ser enfatizadas: 1 - a dimensão sociodiscursiva; 2 - o desenvolvimento de estratégias de leitura; e 3 - o domínio dos conhecimentos linguísticos. A dimensão sociodiscursiva está relacionada diretamente com os aspectos da interlocução. Saber antecipar sentidos, elaborar inferências, ativar conhecimentos prévios, estabelecer relações entre partes do texto, monitorar o processo de leitura, verificando se o que está sendo compreendido “faz senti­do”, dentre outras estratégias de leitura, são essenciais para lidar com os textos. Para que o leitor lance mão dessas estratégias, é necessário, ainda, que mobilize conhecimentos sobre o tema, sobre o gênero e sobre o vocabulário. Os conhecimentos linguísticos englobam o funcionamento do sistema alfabético, o domínio das correspondências entre letras e grupos de letras e fonemas e de algumas convenções ortográficas e conhecimentos sobre outros aspectos gramaticais que ajudam na constituição dos sentidos, como pontuação e paragrafação. Em relação ao eixo de produção de textos escritos também podem ser destacadas três dimensões do ensino: 1 - a dimensão sociodiscursiva; 2 - o desenvolvimento das estratégias de produção de textos; e 3 - o domí­nio dos conhecimentos linguísticos. Na dimensão sociodiscursiva, podem-se destacar as reflexões acerca do contexto de produção de textos. O desenvolvimento das estratégias de produção de textos abrange desde as estra­tégias de planejamento global dos textos, quanto as de planejamento em processo, revisão em processo, avaliação e revisão posterior do texto. A integração entre Língua Portuguesa e outros componentes curricu­lares é necessária para que se obtenham conhecimentos mais sólidos sobre as temáticas e sobre os propósitos de escrita e seus possíveis interlocutores. Assim, a tarefa de planejar o texto e revisar é muito mais contextualizada. O domínio dos conhecimentos linguísticos diz respeito aos conhecimentos sobre o sistema alfabético e convenções ortográfi­cas, mas também a outros conhecimentos linguísticos que ajudam a construir senti­dos nos textos, como o estabelecimento de coesão textual, pontuação, paragrafação, concordância. No eixo da oralidade, quatro dimensões principais podem ser contempladas: 1 - valo­rização dos textos de tradição oral; 2 - oralização do texto escrito; 3 - relações entre fala e escrita; e 4 - produção e compreensão de gêneros orais. No que se refere à análise lin­guística, as dimensões são: 1 - caracterização e reflexão sobre os gêneros e suportes textuais; 2 - reflexão sobre e uso de recursos linguísticos para constituição de efeitos de sentido em textos orais e escritos, incluindo a aprendizagem das convenções gramaticais; 3 - domínio do sistema alfabético e norma ortográfica; e 4 - ensino de nomen­claturas gramaticais. Os gêneros textuais devem ser objetos de ensino porque são instrumentos de interação, pois circulam na sociedade. Introduzindo-os na escola, fazemos com que o que se ensina na escola seja mais claramente articulado ao que ocorre fora dela. Assim, o gênero funciona como “um mo­delo comum”, como uma representação comunicativa, e a familiari­dade com os gêneros facilita a apreen­são das intenções comunicativas, pois cria expectativas sobre o que será lido/escutado e sobre os motivos pelos quais o conteúdo está sendo veiculado. Além disso, facilita o processo de produção, por criar esquemas sobre os modelos textuais “esperados” em determinadas situações de interlocução. Embora alguns gêneros sejam mais frequentes em determinada área do conhecimento, um mesmo texto pode ser trabalhado para mobilizar saberes diversos, de diferentes áreas. Portanto, precisamos planejar o ensi­no criando rotinas escolares que contemplem os qua­tro eixos citados anteriormente e proporcionem situações de leitura e produção de diferentes gêneros discursivos. -------------------------------------------------- Aprofundando o tema "gênero discursivo" DISCURSO É... "...a enunciação que supõe um locutor e um ouvinte, e no primeiro a intenção de influenciar o outro de algum modo (...) enfim, todos os gêneros em que há alguém dirigindo-se a alguém, enunciando-se como locutor e organizando o que ele diz na categoria da pessoa" (Benveniste). O enunciado é, nas palavras de Bakhtin, a “real unidade da comunicação discursiva. Porque o discurso só pode existir de fato na forma de enunciações concretas de determinados falantes, sujeitos do discurso. […] Os limites de cada enunciado concreto como unidade da comunicação discursiva são definidos pela alternância dos sujeitos do discurso, ou seja, pela alternância dos falantes. [...] Cada enunciado é um elo na corrente complexamente organizada de outros enunciados.” (Estética da Criação Verbal, pp. 274-5) São enunciados tanto as réplicas dos diálogos cotidianos (às vezes constituídas de uma só palavra ou uma só oração) quanto um poema, um romance ou um tratado científico. Os enunciados organizam-se em formas típicas composicionais, ou seja, falamos e escrevemos através de determinados gêneros do discurso (um dos três elementos ou fatores do enunciado, segundo Bakhtin). Mesmo no bate-papo mais descontraído, moldamos o discurso por determinadas formas de gênero, às vezes padronizadas e estereotipadas, às vezes mais flexíveis, plásticas e criativas. Ex.: gêneros cotidianos breves de saudações, despedida, felicitações, votos de toda espécie, informação sobre a saúde, as crianças etc. “Quanto melhor dominamos os gêneros, tanto mais livremente os empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa individualidade (onde isso é possível e necessário), refletimos de modo mais flexível e sutil a situação singular da comunicação; em suma, realizamos de modo mais acabado o nosso livre projeto de discurso.” (Estética da Criação Verbal, p. 285) Os gêneros discursivos: “[...] são tão indispensáveis para a compreensão mútua quanto as formas da língua.” são formas típicas de enunciado dadas ao falante, tão obrigatórias quanto as formas da língua (composição vocabular e estrutura gramatical). determinam a seleção das palavras segundo a especificação de gênero. determinam uma expressividade típica de certas palavras. (“Era uma vez...”, “Alô!”) Exemplo de trabalho com gênero no letramento escolar inicial goiânia, 2 de setenbro de 1997. sr. Presidente Fernando Herique? Não dechi matan os Passarinhos Porque enfeita a matureza Porque daci uns Dia Outros meninos e meninas não vai conhecer us Passarinhos Porque eles vãu tar mortu Puriso que eles e elas não vãi coise os Passarinhos eu espero que você Atemda u meu Pedido Aotora Lu (Texto de aluna da 1ª série. Fonte: Gêneros Textuais e Ensino, RJ: Lucerna, 2005.) Questionamentos: 1) É possível afirmar que a criança se apropriou de algumas características do gênero em questão? Por quê? 2) Que gênero se mescla ao gênero “carta” no enunciado da aluna? 3) Que tomada de posição é explicitamente defendida pela autora? Quais são seus argumentos? 4) Qual é a conclusão que reforça o ponto de vista tomado? 5) Quais são os conectivos utilizados? São adequados à construção do texto? 6) O que demonstra a mistura de formas (pronomes) de tratamento? 7) Como podemos constatar a dialogia e a polifonia neste texto?

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