terça-feira, 20 de agosto de 2013

Limites, uma difícil lição para alguns pais.

Limites, uma difícil lição para alguns pais. Imagine a cena: um garoto de 5 anos numa loja de brinquedos pede para sua mãe que compre um produto. Ao simples sinal negativo dela, o menino lança-se ao chão e começa a se debater. Vendedores e clientes assistem a cena desolados, enquanto a mãe tanta convencer o garoto a voltar ao normal, sem que seu pedido seja atendido. Tenho certeza que a maioria de vocês concorda que este garoto precisa de alguma correção. Ele precisa de um limite, uma ação disciplinadora que indique a este pequeno ser que ele precisa obedecer seus pais. Agora imagine uma outra cena: um garoto de 16 anos pede para usar o carro da família. Ele só vai dirigir até um condomínio próximo na casa de um amigo. Os pais argumentam que ele não possui habilitação e que com isto estariam correndo um risco desnecessário. Oferecem-se para levá-lo até a festa e depois buscá-lo. O adolescente fica enfurecido, vai para seu quarto derrubando tudo no caminho até fechar a porta. Em todas as fases da sua vida, é preciso que você estabeleça limites. A falta de um padrão acaba gerando confusão. Veja o texto bíblico de Provérbios capítulo 11 e verso 4: “ Quando não há sábia direção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança”. Os limites são um conjunto de regras que permitem a boa convivência e, principalmente, são uma segurança para nossos filhos. Era muito comum, em meu tempo de líder de adolescentes, ouvir de alguns jovens o quanto seus pais foram importantes para impedi-los de fazer algo errado. Algumas regras são fundamentais para o futuro de seu filho, mas precisamos fazer uma distinção entre as duas cenas acima. Existe um diferença, e para mim ela se dá na abordagem negativa. Na primeira cena eu diria não e tiraria meu filho da loja o mais rápido possível. Se estivesse calmo eu sairia da loja e o deixaria chorando sozinho no chão. Devo dizer que nunca passei por isso com meus filhos, algo que agradeço muito, eles sempre entenderam que era bem melhor atender ao meu pedido. Neste caso não devemos perder tempo conversando, o jovem menino deve ser rapidamente advertido e se possível retirado do chão e conduzido até sua casa onde será disciplinado. Disciplina não deve ser uma atitude pública. Já na segunda cena, a negativa deve ser seguida de uma explicação. Com adolescentes e pré-adolescentes, é fundamental que as regras e padrões sejam explicados. E neste ponto a questão deve ser clara. Se possível, busque uma alternativa, assim ficará claro que não é a única solução. Seu filho está, na verdade, tentando lhe convencer, e fica evidente que a motivação é outra. Ele não quer o carro para transporte, ele quer o carro como afirmação pessoal. Precisamos entender as questões para poder argumentar. Procure definir o padrão básico, que recomendo seja sempre a palavra de DEUS. No caso de direção de automóvel por um menor, temos leis bem claras que proíbem esta atitude, e você como pai não tem o direito de liberar seu filho do cumprimento desta regra, pelo contrário se você permitir esta questão, você estará incorrendo em responsabilidade no ato, e com certeza se seu filho for parado por alguma fiscalização, você será responsável. Deixe isto bem claro, mas lembro algo muito importante no trato com adolescentes: seja coerente. Imagine que no momento em que você sugere o limite, seu filho o repreenda dizendo: “mas é você que não dá a mínima para a lei, está sempre desobedecendo no trânsito?” Bem, agora é a hora difícil, pois adolescentes são os reis do confronto. Respire fundo, assuma seu erro, peça desculpas e, se possível, condene-se a algum tipo de castigo ou compensação. Agradeça seu filho pela repreensão, e declare que isto será alterado a partir daquele momento, mas lembre-se: como líder, você precisa ser coerente, precisa dar o exemplo. A regra vale para todos. Algo que eu abomino é um expressão, creio que em desusso nos dias de hoje, mas muito comum no passado que dizia: faça o que eu mando e não o que eu faço. Para mim não existe nada mais sem princípio e, principalmente, sem a menor orientação bíblica. Seu filho aprende por observação. Se tiver dúvida, veja este vídeo num post que lançamos: http://blogescoladepais.com.br/blogescoladepais/2011/10/07/muitas-vezes-subestimamos-o-poder-das-nossas-palavras-elas-podem-ser-de-vida-ou-morte/ Para fechar alguns conselhos: 1.Estabeleça limites. 2.Estabeleça limites claros, explique para seus filhos. 3.Evite diferenças entre irmãos, mas se por acaso existir, deixe claro a regra, para mim a única que recomendo é a faixa etária, pois é padrão para muitas leis. 4.Castigue , discipline, não gere regras que não serão seguidas. 5.Combine tudo no início com seu cônjuge. É importante que vocêS definam algumas regras. Sendo de famílias diferentes, é natural que vocês tenham opiniões diferentes sobre vários assuntos. 6.Nunca discorde da disciplina de seu cônjuge na frente de seus filhos, sempre haverá tempo para que uma ação seja revista, não desautorize seu cônjuge na frente de seus filhos. 7.Aguente firme a cara feia, a raiva e as ameaças. Você não é o pior pai do mundo. Lembre-se: DEUS não te chamou para ser amigo de seu filho, ele te chamou para ser o PAI ou a MÃE dele. 8.Cada casa uma cabeça: quando seu filho começar a comparar as decisões de outra família, procure rapidamente na memória outras famílias que também adotam posições que você não adota e argumente, vamos fazer como eles também? Seu filho deve responder que claro que não, e nesta hora você demonstra que cada PAI ou MÃE é responsável diante de DEUS por seu filho. Se ele ficar bravo e disser que você não é um bom pai, lembre-se do item sete, e siga em frente. Pais, recomendo que vocês tenham coragem, é muito triste assistir os resultados de uma criação que está gerando irresponsáveis. Se você tem dúvida, veja os dois textos abaixo. Veja quanto erro na atitude destas famílias. Imagine o legado que eles estão deixando para seus filhos.

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