Relatório de Grupo Nesta vida, pode-se aprender três coisas de uma criança: (Leminski, 2006) A concepção de educação de crianças pautada na construção do convívio coletivo tem como intenção, que elas possam construir seu próprio conhecimento na relação com os outros. Desta forma, vão construindo também uma relação de autonomia na produção e na busca deste conhecimento.
Isto significa que, faz parte da responsabilidade dos educadores prepararem contextos que provoquem a construção de aprendizagens e de experiências que pautem as ações de sua prática pedagógica. A intenção é procurar entrelaçar os diversos momentos do dia: as aprendizagens formais, as brincadeiras, os diálogos, as negociações e as produções. Como entender o que elas falam, com seu mundo de fantasias, com suas construções próprias e entendê-las a partir de nossa visão, de quem não é mais criança? (...) (Demartini, 2002, p.14) Podemos considerar que o espaço educativo é um espaço de troca de culturas do qual participam todos os adultos e crianças. (...) É no diálogo
tecido entre todos os sujeitos que participam do projeto que se constrói uma cultura do conhecimento compartilhado, que procura incluir as diversidades subjetivas e profissionais. (Giacopini e Bassi, 2007, p.8).
O espaço da educação deve compreender um conjunto de relações e intenções que provoquem nas crianças muitas vontades: de aprender, conhecer, brincar, imaginar... conviver!
Em nossas conversas diárias, nos descobrimentos das coisas do mundo, algumas poucas certezas e muitas dúvidas nos faz pensar sobre nossas relações quotidianas.
Como se aprende a conviver? Como se aprende a construir os compromissos? Que mundo coletivo queremos? Como realizar nossos sonhos num mundo de tantos? A gente não pede para nascer, apenas nasce. Alguns nascem ricos, outros pobres; uns nascem brancos, outros negros; uns nascem num país onde faz muito frio, outros em terras quentes. Enfim, nós não temos muita opção mesmo. O fato é que quando a gente percebe, já nasceu. (...)
(Munduruku, 2001) Desde que nascemos, aprendemos que o humano se constrói a partir do outro e, portanto, a sobrevivência se dá de forma coletiva. Nessas relações, o exercício da convivência nos transforma. Somos compostos uns pelos outros. A vida é muitíssimo variada.
E dessa mistura entre seres fomos refletindo sobre o que nos compõe, afinal. O que nos forma e o que nos marca? O que nos torna humanos? Do ponto de vista da arqueologia, considera-se civilização (...) uma cultura que tenha desenvolvido técnicas para lidar no ambiente em que se tenha vivido ou vive, e uma arte ou uma forma de expressar o seu pensamento e idéias. (Jecupé, 1998, p.29) O ser humano, de acordo com sua cultura, constrói um "jeitão" de ser e estar no mundo. A época, o espaço, o clima, as águas, os alimentos, as moradias, a língua, a religião e as manifestações artísticas interagem conosco e nos modificam e nos transformam, absolutamente. Portanto, para descobrirmos nossos "jeitões", necessitamos da referência do outro para conhecer e reconhecer as semelhanças e diferenças.
Essa ideia foi o ponto de partida para trabalharmos com o tema coletivo da escola –Territorialidade- e o nosso tema de sala, iniciado através da escolha do objeto disparador – o Giramundo. (...) O território usado é o chão mais a identidade. A identidade é o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é o fundamento do trabalho, o lugar de residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida. (Santos, 2002) Para que
Constatar essas semelhanças nos fez compreender melhor o significado de
Por outro lado, na história contada pela própria terra, cada lugar possibilita que a vida possa ser vivida de diferentes maneiras. As culturas distintas modificam a organização do espaço e a construção dos territórios.
Outro livro importante que lemos em roda foi "
Ficaram para nós os gestos de amor e da história, uma compreensão melhor da vida e do que vai no coração do homem!
Foi a vez de pensarmos na nossa terra, no Brasil e em tantos povos que nos compreendem. girássemos pelo mundo, seguindo qualquer caminho e pudéssemos experimentar sentimentos universais de todos os povos, iniciamos a leitura de contos do livro escolhido para ser a leitura monitorada da turma, neste primeiro momento: Volta ao mundo dos contos - nas asas de um pássaro (Gendrin, 2007). Nas diferentes regiões do planeta, as narrativas se assemelham muito e muitas versões poderiam facilmente pertencer a qualquer lugar de qualquer época. humanidade. Expressões e sentimentos tão parecidos! Guerra dentro da gente" (Leminski, 2006). Segundo o autor, no prefácio, conclui... Este livro é uma fábula onde os milagres são freqüentes, onde existem armas para acabar com todas as armas. Afinal, toda palavra é, aqui, um pequeno gesto de amor. O barqueiro e o canoeiro (2008) de Fernando Vilela, fez às vezes de anfitrião: encaminhou-nos para águas muito antes navegadas. O Amazonas e seus afluentes. Para falar dos habitantes daqui, as palavras desse autor nos iniciam nessa rota: Leitores, peço desculpas e também vossa atenção. Esta história que vos conto não se passa bem no chão. Começarei pelo fim, pois gosto da contramão (...) (Vilela, 2008,p.11) Desta vez o cheiro de mato ficou mais próximo, o cordel e a xilogravura criaram um contexto significativo de conhecimento e reconhecimento de uma parte do Brasil. O indígena, o ribeirinho e o povo das cidades do norte mesclam sabedoria e respeito na relação com a natureza. Pautam-se numa relação de equilíbrio entre os sentidos, de cuidados, de educação e de generosidade para com o ambiente! O índio não chamava e nem chama a si mesmo de índio. O nome "índio" veio trazido pelos ventos dos mares do século XVI. O termo índio acabou sendo, com o tempo, adotado para designar todos os habitantes das Américas. (Jecupé, 1998, p.13) Junto ao índio, veio o negro, africano de nascença. Aprisionados, trazidos à força em grandes navios com velas de pano grosso –caravelas- e vendidos como coisas. (...) E nesse dia, minha véia foi comprada
Numa leva separada de um sinhô mocinho ainda
Minha veínha era frô dos cativeiro
Foi inté mãe de terrero das famía dos Cambinda (...) (Hekel Tavares e Joracy Camargo, 1930- Música: Leilão, cantada por Ana Salvagni) Através do filme
intenção era descobrir novos caminhos para as Índias, pois, o que contornava a África, era dominado completamente pelos portugueses.
Essa história nos levou a conhecer melhor os mapas como um instrumento de compreensão do espaço terrestre (do Brasil e do mundo). Também conhecemos outras histórias de navegação, com exploradores, colonizadores e o comércio de escravos.
Questões muito contraditórias, que colocou em discussão novamente, as relações entre os humanos. Com o livro de Nelson Mandela:
Gestos de amor! Passamos novamente por eles.
No site
E para encerrar, que a prosa já está longa demais, a dança da festa junina completou de forma colorida e movimentada, o desenvolvimento dos trabalhos. A idéia da Andrea, em trabalharmos com a
E para o próximo semestre, aprofundaremos sobre as relações da imigração e migração no Brasil. A visita ao museu em Santos, espero que dê certo, nos ajudará bastante a compreender nosso povo.
Sobre o Projeto de Leitura, penso que já conversamos bastante na Reunião de Encerramento e, para o semestre que vem, como ainda terá continuidade, poderemos fazer uma análise mais detalhada dos trabalhos desenvolvidos. O mundo em duas voltas, da Família Schürmann, refizemos o trajeto feito por Fernão de Magalhães, por volta de 1500, cuja Conversas que tive comigo (2010) e o filme Invictus (Clint Eastwood, 2009) aprofundamos mais nas questões sobre segregação racial, tolerância entre os povos e a diversidade. portacurtas.com.br/curtanaescola, encontramos muito material para nossas conversas. dança da fita veio trazer novos olhares sobre nossa cultura. Aprendemos muito sobre os povos do sul. (...) _ Lembre-se sempre, porém, que só existem duas coisas importantes para saber na vida: 1) Nunca se preocupe com coisas pequenas; 2) Todas as coisas são pequenas. (Munduruku, 2001, p.37) Um abraço e obrigada pelas ajudas
Lena Referências Bibliográficas BARROS, Manoel de.
CARR, Rachel.
CATARSI, Enzo.
2005 p.21-24.
CHIANCA, Rosaly M. Braga.
GENDRIN, Catherine.
JECUPÉ, Kaká Werá.
LEMINSKI, Paulo.
LIMA, Renato.
MANDELA, Nelson.
MUNDURUKU, Daniel.
PRIETO. Heloísa.
Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997.
____________.
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997.
RIBEIRO, Darcy.
VILELA, Fernando. Exercícios de ser Criança. Rio de Janeiro, Salamandra, 1999. Ioga para crianças. São Paulo: Martins Fontes, 1973. Entrevista. Pátio Educação Infantil. Ano III nº8. jul/out Mapas: A realidade no papel. São Paulo, Ática, 1994 A volta ao mundo dos contos nas asas de um pássaro.São Paulo: Edições SM, 2007. A terra dos mil Povos.São Paulo: Peirópolis, 1998. Guerra dentro da gente.São Paulo, Scipione, 2006. Chico Rei.São Paulo:Paulus, 2006. Conversas que tive comigo.Rio de Janeiro: Rocco, 2010. Meu Vô Apolinário: Um mergulho no rio da minha memória. São Paulo: Studio Nobel, 2001. Divinas Aventuras: Histórias da Mitologia Grega.São Lá vem história outra vez: contos do folclore mundial. Noções de coisas.São Paulo:FTD, 1985. O barqueiro e o Canoeiro. São Paulo, Scipione, 2008
Turma do 5º ano
Professoras:
estar sempre alegre,
nunca ficar inativo e
chorar com força por tudo o que se quer.
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