Senhores Pais ou Responsáveis,
Gostaríamos de convidá-los a participarem do encontro Pais e Professores do Ensino Fundamental II e Ensino Médio para abordarmos assuntos sobre a vida escolar de nossos alunos, entrega das avaliações e boletins com o aproveitamento do segundo trimestre.
A participação dos senhores é imprescindível e nos trará muita satisfação.
Data:
Horário:
Atenciosamente,
A Equipe Pedagógica
domingo, 2 de outubro de 2011
NORMAS DISCIPLINARES
NORMAS DISCIPLINARES
Caros Alunos
Todos nós temos direitos e deveres. Se cumprirmos com nossos deveres poderemos exigir e desfrutar com tranquilidade os nossos direitos. Pensando nisso, elaboramos uma série de normas que, se forem realmente cumpridas por todos, tornarão as horas que passam na Escola muito mais agradáveis. Leiam-nas com bastante atenção:Caros Alunos
1- Pontualidade: Período da manhã: 7:10hs. Tolerância de atraso 5 minutos para a 1ª aula e 8:00hs para a 2ª aula. Após o 3º atraso mensal, os pais serão comunicados.
2- O uso do uniforme é obrigatório (verão e inverno), inclusive o tênis, diariamente.
3- Permanecer em sala de aula na troca de professores.
4- Não permanecer em sala de aula durante o intervalo.
5- Respeitar todos os funcionários e acatar as determinações das normas de CONVIVÊNCIA (respeitar colegas evitando empurrões, rasteiras ou qualquer atitude que venha prejudicar o colega).
6- Se o aluno danificar o mobiliário ou efetuar pichações em qualquer bem da escola, os pais terão que ressarcir os danos materiais.
7- Não danificar cartazes, trabalhos escolares ou avisos pertencentes à escola.
8- Trazer o material e as tarefas sempre em dia. (Sempre as duas apostilas obrigatoriamente)
9- Não mexer no material dos colegas.
10- Conservar limpos os banheiros, utilizando-os de forma correta e usar sempre os cestos de lixo.
11- É proibido fumar em qualquer dependência da escola, na porta, ou nas proximidades da mesma.
12- Está terminantemente proibido o uso de telefones celulares em sala de aula. Manter os mesmos desligados e guardados. Qualquer necessidade procurar a coordenação. A escola não se responsabiliza por perda danos e furtos.
13- Não trazer para a Escola objetos alheios aos estudos (canetas sofisticadas, relógios, bonés, aparelhos de som, baralho, etc).
14- É vedado ao aluno alimentar-se durante as aulas. O intervalo para o lanche destina-se a esse fim.
15- O uso do telefone da coordenação pelo aluno, só será permitido em casos de urgência.
16- O aluno só será dispensado durante o período de aula, com a presença do pai ou responsável, ou com a autorização deste por escrito, via agenda (6º ao 9º ano). A dispensa via telefone Não será permitida por medida de segurança.
17- O aluno não deverá faltar em dia de avaliações. As provas substitutivas (TRIMESTRAL) devem ser requeridas imediatamente após a data, será cobrado uma taxa de R$ 20,00 por disciplina.
18- A agenda deverá ser verificada regularmente pelos responsáveis e precisa ser mantida limpa e conservada com todas as folhas. Seu porte é obrigatório (6º ao 9º ano Fundamental II).
19- De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do Estado e obrigação dos pais ou responsáveis zelar e acompanhar a educação do aluno, comparecendo às reuniões ou eventos promovidos pela escola, ou quando convocados para tratar de assuntos ao educando.
20- Na inobservância desses itens e outros atos indisciplinares o aluno será punido na seguinte conformidade:
A) Advertência e Orientação B) Suspensão C) Transferência Compulsória
Obs.: Conforme o grau de indisciplina a punição não obedecerá necessariamente esta sequência.
Equipe pedagógica
modelo de texto para reunião
1ª Reunião de Pais e Mestres
maio9
São Paulo, 06 de maio de 2011.Senhores Pais ou Responsáveis,
Gostaríamos de convidá-los a participarem do encontro entre Pais e Professores do Ensino Fundamental II e Ensino Médio para abordarmos assuntos sobre a vida escolar de nossos alunos, entrega das avaliações e os boletins com o aproveitamento do primeiro trimestre.
A participação dos senhores é imprescindível e nos trará muita satisfação.
Obs: Não faltem, sempre é bom saber quais disciplinas seus filhos estão de R.O. (Recuperação Obrigatória).
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/dicas-alfabetizacao-403863.shtml
ALFABETIZAÇÃO- 9 duvidas respondidas
Inserir todas as crianças de seis anos em um ambiente alfabetizador foi um dos principais objetivos da aprovação do Ensino Fundamental de 9 anos, em fevereiro de 2006. A medida beneficiou crianças que não tinham acesso à Educação Infantil, ficando, muitas vezes, completamente distantes da cultura escrita - o que poderia representar um obstáculo para a sua experiência futura de alfabetização.
Apesar de a medida ser um passo importante, Telma Weisz, criadora do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), do Ministério da Educação, acredita que ainda há muito a aprimorar na questão da alfabetização, sobretudo porque a tarefa não é apenas dos professores das séries iniciais. "Estamos sempre nos alfabetizando, a cada novo tipo de texto com o qual entramos em contato durante a vida", afirma.
Por essa razão, tratar leitura e escrita como conteúdo central em todos os estágios é a maior garantia de sucesso que as escolas podem ter para inserir os estudantes na sociedade. É o que fazem muitas professoras de 1ª a 4ª série de Catas Altas (MG), capacitadas pelo Programa Escola que Vale. Mesmo recebendo crianças que não nunca tiveram contato com o chamado mundo letrado antes da 1ª série, os educadores conseguem alfabetizar ao final de um ano.
"Um fator determinante para a alfabetização é a crença do professor de que o aluno pode aprender, independentemente de sua condição social", diz Antônio Augusto Gomes Batista, diretor do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais. Esse olhar do docente abre as portas do mundo da escrita para os que vêm de ambientes que não ofereceram essa bagagem.
No município de São José dos Campos (SP), professores de Educação Infantil tentam evitar essa defasagem, lendo diariamente para os pequenos. Assim, por meio de brincadeiras, criam situações das quais a língua escrita faz parte. Já em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, duas especialistas de Língua Portuguesa e Ciências tiveram de correr atrás do prejuízo com turmas de 5ª série que ainda apresentavam problemas de escrita. Para isso, aliaram muita leitura a um trabalho sobre prevenção à aids, que fazia sentido para eles e tinha uma função social.
Com base nessas experiências, relatadas a seguir, e na opinião de especialistas, respondemos a nove questões sobre alfabetização, mostrando ser possível formar leitores e escritores competentes em qualquer estágio do desenvolvimento.
1.Meus alunos de 1ª série não tem contato com a escrita. Por onde começo?
O pouco acesso à cultura escrita se deve às condições sociais e econômicas em que vive grande parte da população. O aluno que vê diariamente os pais folheando revistas, assinando cheques, lendo correspondências e utilizando a internet tem muito mais facilidade de aprender a língua escrita do que outro cujos pais são analfabetos ou têm pouca escolaridade. Isso ocorre porque ao observar os adultos a criança percebe que a escrita é feita com letras e incorpora alguns comportamentos como folhear livros, pegar na caneta para brincar de escrever ou mesmo contar uma história ao virar as páginas de um gibi. Cabe à escola oferecer essas práticas sociais aos estudantes que não têm acesso a elas. O ponto de partida para democratizar o contato com a cultura escrita é tornar o ambiente alfabetizador: a sala deve ter livros, cartazes com listas, nomes e textos elaborados pelos alunos (ditados ao professor) nas paredes e recortes de jornais e revistas do interesse da garotada ao alcance de todos. Esses são alguns exemplos de como a classe pode se tornar um espaço provocador para que a criança encontre no sistema de escrita um desafio e uma diversão. Outra medida para democratizar esses conhecimentos em sala de aula é ler diariamente para a turma. "A criança lê pelos olhos do professor - porque ainda não pode fazer isso sozinha -, mas vai se familiarizando com a linguagem escrita", explica a educadora Patrícia Diaz, da equipe pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo.
2.Quando posso pedir que as crianças escrevam?
Elas devem escrever sempre, mesmo quando a escrita parece apenas rabiscos. Ao pegar o lápis e imitar os adultos, elas criam um "comportamento escritor". E, ao ter contato com textos e conhecer a estrutura deles, podem começar a elaborar os seus. No primeiro momento, as crianças ditam e você, professor, escreve num papel grande. Além de pensar na forma do texto, nessa hora os estudantes percebem, por exemplo, que escrevemos da esquerda para a direita. "Mostro que a escrita requer um tempo de reflexão antes de ser colocada no papel", afirma Cleonice Maria Rodrigues Magalhães, professora de 1ª série da Escola Municipal Agnes Pereira Machado, em Catas Altas (MG). Ela participou do Programa Escola que Vale, que capacitou professores de 1ª a 4ª série do município durante dois anos e meio. Antes da escrita, as crianças devem definir quem será o leitor. Assim, quando você lê o texto coletivo, elas imaginam se ele compreenderá a mensagem. Nas primeiras produções haverá palavras repetidas, como "daí". Pelo contato diário com textos, os alunos já são capazes de revisar e corrigir erros. "Com o tempo, antes mesmo de ditar, eles evitam repetir palavras e pensam na melhor forma de contar a história", afirma Rosana Scarpel da Silva, professora do Infantil IV (6 anos), da Escola Municipal de Educação Infantil Maria Alice Pasquarelli, em São José dos Campos. Em paralelo, é importante convidar a garotada a escrever no papel. Isso dá pistas valiosas sobre seu desenvolvimento.
3.Como faço todos avançarem se os niveis do conhecimento são muito diferentes?
Não há nada melhor em uma turma que a heterogeneidade. Como os níveis de conhecimento são variados, existe aí uma grande riqueza para ser trabalhada em sala. Organizar os alunos em grupos e duplas durante as atividades é fundamental para que eles troquem conhecimentos. Mas essa mistura deve ser feita com critérios. É preciso agrupar crianças que estejam em fases de alfabetização próximas. Quando você coloca uma que usa muitas letras para escrever cada palavra trabalhando com outra que usa uma letra para cada sílaba, a discussão pode ser produtiva. Como elas não sabem quem está com a razão, ambas terão de ouvir o colega, pensar a respeito, reelaborar seu pensamento e argumentar. Assim, as duas aprendem. Isso não ocorre, no entanto, se os dois estiverem em níveis muito diferentes. Nesse caso, é provável que o mais adiantado perca a paciência e queira fazer o serviço pelo outro
4.Posso alfabetizar minha turma de Educação Infantil?
Sim, desde que a aprendizagem não seja uma tortura. Participar de aulas que despertem a curiosidade e envolvam brincadeiras e desafios nunca será algo cansativo. Em turmas que têm acesso à cultura escrita, a alfabetização ocorre mais facilmente. Por observar os adultos, ouvir historinhas contadas pelos pais e brincar de ler e escrever, algumas crianças chegam à Educação Infantil em fases avançadas. Por isso, oferecer acesso ao mundo escrito desde cedo é uma forma de amenizar as diferenças sociais e econômicas que abrem um abismo entre a qualidade da escolarização de crianças ricas e pobres. Dentro dessa concepção, a rede municipal de São José dos Campos implementou horas de trabalho coletivo para a formação continuada dos professores. Há um coordenador pedagógico por escola e uma equipe técnica responsável pelo acompanhamento dos coordenadores. As crianças de 3 a 6 anos atendidas pela rede aprendem, brincando, a usar socialmente a escrita. Em sala, os professores lêem diariamente e promovem brincadeiras. Os pequenos identificam com seu nome pastas e materiais, usam crachás, produzem textos coletivos que ficam expostos nas paredes e têm sempre à mão livros e brinquedos. "Nossas atividades incentivam a pensar sobre a escrita, tornando-a um objeto curioso a ser explorado. E tudo de forma dinâmica, porque a dispersão é rápida", conta Clarice Medeiros, professora do Infantil III (5 anos) da escola Maria Alice Pasquarelli. "No ano passado, quando recebi os alunos de 3 anos, eles já sabiam diversos poemas e conheciam Vinicius de Moraes. Também identificavam as diferenças entre alguns gêneros textuais", lembra Liliane Donata Pereira Rothenberger, professora do Infantil II (4 anos). De acordo com a orientadora pedagógica Helena Cristina Cruz Ruiz, o objetivo é desenvolver o comportamento leitor desde cedo para que os alunos se comuniquem bem, produzam conhecimentos e acessem informações.
5.Faz sentido oferecer textos a alunos não alfabetizados?
Canções, poesias e parlendas são úteis para se chegar à incrível mágica de fazer a criança ler sem saber ler. Quando ela decora uma cantiga, pode acompanhar com o dedinho as letras que formam as estrofes. Conhecendo o que está escrito, resta descobrir como isso foi feito. Se o aluno sabe que o título é Atirei o Pau no Gato, ele tenta ler e verificar o que está escrito com base no que sabe sobre as letras e as palavras - sempre acompanhado pelo professor. O leitor eficiente só inicia a leitura depois de observar o texto, sua forma, seu portador (revista, jornal, livro etc.) e as figuras que o acompanham e imaginar o tema. Pense que você nunca viu um jornal em alemão. Mesmo sem saber decifrar as palavras, é possível "ler". Se há uma foto de dois carros batidos, por exemplo, deduz-se que a reportagem é sobre um acidente. Ao mostrar vários gêneros, você permite à criança conhecer os aspectos de cada um e as pistas que trazem sobre o conteúdo. Assim, ela é capaz de antecipar o que virá no texto, contribuindo para a qualidade da leitura.
6.Como seleciono e uso os textos em sala de aula?
Segundo Patrícia Diaz, do Cedac, é preciso ter critérios e objetivos bem estabelecidos ao escolher os textos. Por exemplo: se ao tentar diversificar os gêneros você ler um por dia, os alunos não perceberão as características de cada um. "O ideal é que a turma passeie por diversos gêneros ao longo do ano, mas que o professor trace um plano de trabalho para se aprofundar em um ou dois", afirma. Patrícia sugere a narração como base para o trabalho na alfabetização inicial, pois ela permite ao aluno aprender sobre a estrutura da linguagem e do encadeamento de idéias. A escolha dos textos deve ser feita de acordo com o repertório da turma. É preciso verificar se a maioria dos alunos passou ou não pela Educação Infantil, que experiência eles têm com a escrita e que gêneros conhecem. Durante a leitura de uma revista, por exemplo, é importante chamar a atenção para títulos, legendas e fotos. Assim, as crianças aprendem sobre a forma e o conteúdo. Se o texto é sobre plantas, percebem que nomes científicos aparecem em itálico. "Por isso é fundamental trabalhar com os originais ou fotocópias", ressalta Patrícia. Adaptar os textos também não é recomendável. As crianças devem ter contato com obras originais, uma vez que, ao longo da vida, serão elas que cruzarão o seu caminho. Se um texto é muito difícil para turmas de uma certa faixa etária, o melhor é procurar outro, sobre o mesmo assunto, de compreensão mais fácil.
7.Ao fim da primeira série, todos devem estar alfabetizados?
Não necessariamente, apesar de ser recomendável. Se a criança foi exposta a textos e leituras variadas e teve oportunidade de refletir sobre a língua e produzir textos, é bem provável que ela termine essa série alfabetizada. Mas isso depende de outros fatores, como ter cursado a Educação Infantil e recebido apoio dos pais em casa. "Crianças que não têm esse contato com textos e que não convivem com leitores podem precisar de mais tempo para aprender o sistema de escrita. Mas minha experiência mostra que nenhuma criança leva mais de dois anos para isso", diz a educadora Telma Weisz, de São Paulo. Como na educação não existem fôrmas em que se encaixem as crianças, é papel da escola oferecer condições para que elas se desenvolvam, sempre respeitando o ritmo de cada uma. Quando se adota o sistema de ciclos, isso ocorre naturalmente, pois os alunos têm possibilidade de se aperfeiçoar no ano seguinte. Quando não há essa chance, eles correm o risco de engrossar os índices de reprovação. O aluno pode iniciar a 2ª série ainda tendo que melhorar a sua compreensão sobre o sistema de escrita, mas ao fim do segundo ano a escola teve tempo suficiente para ensinar a todos.
8.Preciso ensinar o nome das letras?
Sim. Como a criança poderá falar sobre o que está estudando sem saber o nome das letras? Ter esse conhecimento ajuda a turma a explicar qual letra deve iniciar uma palavra, por exemplo. Para ensinar isso, basta citar o nome das letras durante conversas corriqueiras. Se a criança está mostrando a que quer usar e não sabe o nome, basta que você a aponte e diga qual é. Trata-se de algo que se aprende naturalmente e de forma rápida, sem precisar de atividades de decoreba que cansam e desperdiçam o seu tempo e o do aluno.
9.Como ajudo alunos de 5ª série que não lêem e não escrevem bem?
É angustiante para o professor receber crianças com problemas de alfabetização. Por não conhecer o assunto, acredita que a escrita incorreta é indício de que elas não se alfabetizaram. Mas nem sempre essa avaliação é verdadeira. O mais comum é a criança já dominar a base alfabética, mas ter sérios problemas de ortografia e interpretação. Daí a impressão de que ela não sabe ler e escrever. Foi essa experiência por que passaram as professoras Valéria de Araújo Pereira, de Língua Portuguesa, e Jaidê Canuto de Sousa, de Ciências, ambas da Escola Estadual Maria Catharina Comino, em Taboão da Serra (SP). Em 2005, elas lecionavam para uma turma de 5ª série de recuperação de ciclos com muitos problemas de escrita, o que as motivou a procurar a Diretoria de Ensino para participar do programa Letra e Vida, oferecido pela rede paulista a professores de 1ª a 4ª série. "Fiquei surpresa com a insistência das duas. Como havia vagas, abrimos uma exceção e valeu a pena", diz Silvia Batista de Freitas, coordenadora-geral do programa na Diretoria de Ensino da cidade. O curso iniciou em março. No segundo semestre, a turma de alunos foi distribuída nas salas regulares. Com o objetivo de trabalhar a escrita, Valéria e Jaidê elaboraram um projeto sobre aids. Os alunos assistiram a vídeos, debateram e levantaram o que sabiam e o que gostariam de saber sobre o assunto. As leituras foram sistemáticas e diárias, com pesquisas em livros, revistas, enciclopédias, internet e panfletos informativos - gênero escolhido para ser o produto final do projeto. "Leitura e escrita não são apenas conteúdos de Língua Portuguesa. São práticas necessárias em todas as disciplinas e em todas as séries", diz Jaidê. "Por isso, temos a responsabilidade de conhecer o modo como os alunos aprendem e assim estimulá-los a ser leitores e escritores mais competentes", conclui Valéria.
Apesar de a medida ser um passo importante, Telma Weisz, criadora do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), do Ministério da Educação, acredita que ainda há muito a aprimorar na questão da alfabetização, sobretudo porque a tarefa não é apenas dos professores das séries iniciais. "Estamos sempre nos alfabetizando, a cada novo tipo de texto com o qual entramos em contato durante a vida", afirma.
Por essa razão, tratar leitura e escrita como conteúdo central em todos os estágios é a maior garantia de sucesso que as escolas podem ter para inserir os estudantes na sociedade. É o que fazem muitas professoras de 1ª a 4ª série de Catas Altas (MG), capacitadas pelo Programa Escola que Vale. Mesmo recebendo crianças que não nunca tiveram contato com o chamado mundo letrado antes da 1ª série, os educadores conseguem alfabetizar ao final de um ano.
"Um fator determinante para a alfabetização é a crença do professor de que o aluno pode aprender, independentemente de sua condição social", diz Antônio Augusto Gomes Batista, diretor do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais. Esse olhar do docente abre as portas do mundo da escrita para os que vêm de ambientes que não ofereceram essa bagagem.
No município de São José dos Campos (SP), professores de Educação Infantil tentam evitar essa defasagem, lendo diariamente para os pequenos. Assim, por meio de brincadeiras, criam situações das quais a língua escrita faz parte. Já em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, duas especialistas de Língua Portuguesa e Ciências tiveram de correr atrás do prejuízo com turmas de 5ª série que ainda apresentavam problemas de escrita. Para isso, aliaram muita leitura a um trabalho sobre prevenção à aids, que fazia sentido para eles e tinha uma função social.
Com base nessas experiências, relatadas a seguir, e na opinião de especialistas, respondemos a nove questões sobre alfabetização, mostrando ser possível formar leitores e escritores competentes em qualquer estágio do desenvolvimento.
1.Meus alunos de 1ª série não tem contato com a escrita. Por onde começo?
O pouco acesso à cultura escrita se deve às condições sociais e econômicas em que vive grande parte da população. O aluno que vê diariamente os pais folheando revistas, assinando cheques, lendo correspondências e utilizando a internet tem muito mais facilidade de aprender a língua escrita do que outro cujos pais são analfabetos ou têm pouca escolaridade. Isso ocorre porque ao observar os adultos a criança percebe que a escrita é feita com letras e incorpora alguns comportamentos como folhear livros, pegar na caneta para brincar de escrever ou mesmo contar uma história ao virar as páginas de um gibi. Cabe à escola oferecer essas práticas sociais aos estudantes que não têm acesso a elas. O ponto de partida para democratizar o contato com a cultura escrita é tornar o ambiente alfabetizador: a sala deve ter livros, cartazes com listas, nomes e textos elaborados pelos alunos (ditados ao professor) nas paredes e recortes de jornais e revistas do interesse da garotada ao alcance de todos. Esses são alguns exemplos de como a classe pode se tornar um espaço provocador para que a criança encontre no sistema de escrita um desafio e uma diversão. Outra medida para democratizar esses conhecimentos em sala de aula é ler diariamente para a turma. "A criança lê pelos olhos do professor - porque ainda não pode fazer isso sozinha -, mas vai se familiarizando com a linguagem escrita", explica a educadora Patrícia Diaz, da equipe pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo.
2.Quando posso pedir que as crianças escrevam?
Elas devem escrever sempre, mesmo quando a escrita parece apenas rabiscos. Ao pegar o lápis e imitar os adultos, elas criam um "comportamento escritor". E, ao ter contato com textos e conhecer a estrutura deles, podem começar a elaborar os seus. No primeiro momento, as crianças ditam e você, professor, escreve num papel grande. Além de pensar na forma do texto, nessa hora os estudantes percebem, por exemplo, que escrevemos da esquerda para a direita. "Mostro que a escrita requer um tempo de reflexão antes de ser colocada no papel", afirma Cleonice Maria Rodrigues Magalhães, professora de 1ª série da Escola Municipal Agnes Pereira Machado, em Catas Altas (MG). Ela participou do Programa Escola que Vale, que capacitou professores de 1ª a 4ª série do município durante dois anos e meio. Antes da escrita, as crianças devem definir quem será o leitor. Assim, quando você lê o texto coletivo, elas imaginam se ele compreenderá a mensagem. Nas primeiras produções haverá palavras repetidas, como "daí". Pelo contato diário com textos, os alunos já são capazes de revisar e corrigir erros. "Com o tempo, antes mesmo de ditar, eles evitam repetir palavras e pensam na melhor forma de contar a história", afirma Rosana Scarpel da Silva, professora do Infantil IV (6 anos), da Escola Municipal de Educação Infantil Maria Alice Pasquarelli, em São José dos Campos. Em paralelo, é importante convidar a garotada a escrever no papel. Isso dá pistas valiosas sobre seu desenvolvimento.
3.Como faço todos avançarem se os niveis do conhecimento são muito diferentes?
Não há nada melhor em uma turma que a heterogeneidade. Como os níveis de conhecimento são variados, existe aí uma grande riqueza para ser trabalhada em sala. Organizar os alunos em grupos e duplas durante as atividades é fundamental para que eles troquem conhecimentos. Mas essa mistura deve ser feita com critérios. É preciso agrupar crianças que estejam em fases de alfabetização próximas. Quando você coloca uma que usa muitas letras para escrever cada palavra trabalhando com outra que usa uma letra para cada sílaba, a discussão pode ser produtiva. Como elas não sabem quem está com a razão, ambas terão de ouvir o colega, pensar a respeito, reelaborar seu pensamento e argumentar. Assim, as duas aprendem. Isso não ocorre, no entanto, se os dois estiverem em níveis muito diferentes. Nesse caso, é provável que o mais adiantado perca a paciência e queira fazer o serviço pelo outro
4.Posso alfabetizar minha turma de Educação Infantil?
Sim, desde que a aprendizagem não seja uma tortura. Participar de aulas que despertem a curiosidade e envolvam brincadeiras e desafios nunca será algo cansativo. Em turmas que têm acesso à cultura escrita, a alfabetização ocorre mais facilmente. Por observar os adultos, ouvir historinhas contadas pelos pais e brincar de ler e escrever, algumas crianças chegam à Educação Infantil em fases avançadas. Por isso, oferecer acesso ao mundo escrito desde cedo é uma forma de amenizar as diferenças sociais e econômicas que abrem um abismo entre a qualidade da escolarização de crianças ricas e pobres. Dentro dessa concepção, a rede municipal de São José dos Campos implementou horas de trabalho coletivo para a formação continuada dos professores. Há um coordenador pedagógico por escola e uma equipe técnica responsável pelo acompanhamento dos coordenadores. As crianças de 3 a 6 anos atendidas pela rede aprendem, brincando, a usar socialmente a escrita. Em sala, os professores lêem diariamente e promovem brincadeiras. Os pequenos identificam com seu nome pastas e materiais, usam crachás, produzem textos coletivos que ficam expostos nas paredes e têm sempre à mão livros e brinquedos. "Nossas atividades incentivam a pensar sobre a escrita, tornando-a um objeto curioso a ser explorado. E tudo de forma dinâmica, porque a dispersão é rápida", conta Clarice Medeiros, professora do Infantil III (5 anos) da escola Maria Alice Pasquarelli. "No ano passado, quando recebi os alunos de 3 anos, eles já sabiam diversos poemas e conheciam Vinicius de Moraes. Também identificavam as diferenças entre alguns gêneros textuais", lembra Liliane Donata Pereira Rothenberger, professora do Infantil II (4 anos). De acordo com a orientadora pedagógica Helena Cristina Cruz Ruiz, o objetivo é desenvolver o comportamento leitor desde cedo para que os alunos se comuniquem bem, produzam conhecimentos e acessem informações.
5.Faz sentido oferecer textos a alunos não alfabetizados?
Canções, poesias e parlendas são úteis para se chegar à incrível mágica de fazer a criança ler sem saber ler. Quando ela decora uma cantiga, pode acompanhar com o dedinho as letras que formam as estrofes. Conhecendo o que está escrito, resta descobrir como isso foi feito. Se o aluno sabe que o título é Atirei o Pau no Gato, ele tenta ler e verificar o que está escrito com base no que sabe sobre as letras e as palavras - sempre acompanhado pelo professor. O leitor eficiente só inicia a leitura depois de observar o texto, sua forma, seu portador (revista, jornal, livro etc.) e as figuras que o acompanham e imaginar o tema. Pense que você nunca viu um jornal em alemão. Mesmo sem saber decifrar as palavras, é possível "ler". Se há uma foto de dois carros batidos, por exemplo, deduz-se que a reportagem é sobre um acidente. Ao mostrar vários gêneros, você permite à criança conhecer os aspectos de cada um e as pistas que trazem sobre o conteúdo. Assim, ela é capaz de antecipar o que virá no texto, contribuindo para a qualidade da leitura.
6.Como seleciono e uso os textos em sala de aula?
Segundo Patrícia Diaz, do Cedac, é preciso ter critérios e objetivos bem estabelecidos ao escolher os textos. Por exemplo: se ao tentar diversificar os gêneros você ler um por dia, os alunos não perceberão as características de cada um. "O ideal é que a turma passeie por diversos gêneros ao longo do ano, mas que o professor trace um plano de trabalho para se aprofundar em um ou dois", afirma. Patrícia sugere a narração como base para o trabalho na alfabetização inicial, pois ela permite ao aluno aprender sobre a estrutura da linguagem e do encadeamento de idéias. A escolha dos textos deve ser feita de acordo com o repertório da turma. É preciso verificar se a maioria dos alunos passou ou não pela Educação Infantil, que experiência eles têm com a escrita e que gêneros conhecem. Durante a leitura de uma revista, por exemplo, é importante chamar a atenção para títulos, legendas e fotos. Assim, as crianças aprendem sobre a forma e o conteúdo. Se o texto é sobre plantas, percebem que nomes científicos aparecem em itálico. "Por isso é fundamental trabalhar com os originais ou fotocópias", ressalta Patrícia. Adaptar os textos também não é recomendável. As crianças devem ter contato com obras originais, uma vez que, ao longo da vida, serão elas que cruzarão o seu caminho. Se um texto é muito difícil para turmas de uma certa faixa etária, o melhor é procurar outro, sobre o mesmo assunto, de compreensão mais fácil.
7.Ao fim da primeira série, todos devem estar alfabetizados?
Não necessariamente, apesar de ser recomendável. Se a criança foi exposta a textos e leituras variadas e teve oportunidade de refletir sobre a língua e produzir textos, é bem provável que ela termine essa série alfabetizada. Mas isso depende de outros fatores, como ter cursado a Educação Infantil e recebido apoio dos pais em casa. "Crianças que não têm esse contato com textos e que não convivem com leitores podem precisar de mais tempo para aprender o sistema de escrita. Mas minha experiência mostra que nenhuma criança leva mais de dois anos para isso", diz a educadora Telma Weisz, de São Paulo. Como na educação não existem fôrmas em que se encaixem as crianças, é papel da escola oferecer condições para que elas se desenvolvam, sempre respeitando o ritmo de cada uma. Quando se adota o sistema de ciclos, isso ocorre naturalmente, pois os alunos têm possibilidade de se aperfeiçoar no ano seguinte. Quando não há essa chance, eles correm o risco de engrossar os índices de reprovação. O aluno pode iniciar a 2ª série ainda tendo que melhorar a sua compreensão sobre o sistema de escrita, mas ao fim do segundo ano a escola teve tempo suficiente para ensinar a todos.
8.Preciso ensinar o nome das letras?
Sim. Como a criança poderá falar sobre o que está estudando sem saber o nome das letras? Ter esse conhecimento ajuda a turma a explicar qual letra deve iniciar uma palavra, por exemplo. Para ensinar isso, basta citar o nome das letras durante conversas corriqueiras. Se a criança está mostrando a que quer usar e não sabe o nome, basta que você a aponte e diga qual é. Trata-se de algo que se aprende naturalmente e de forma rápida, sem precisar de atividades de decoreba que cansam e desperdiçam o seu tempo e o do aluno.
9.Como ajudo alunos de 5ª série que não lêem e não escrevem bem?
É angustiante para o professor receber crianças com problemas de alfabetização. Por não conhecer o assunto, acredita que a escrita incorreta é indício de que elas não se alfabetizaram. Mas nem sempre essa avaliação é verdadeira. O mais comum é a criança já dominar a base alfabética, mas ter sérios problemas de ortografia e interpretação. Daí a impressão de que ela não sabe ler e escrever. Foi essa experiência por que passaram as professoras Valéria de Araújo Pereira, de Língua Portuguesa, e Jaidê Canuto de Sousa, de Ciências, ambas da Escola Estadual Maria Catharina Comino, em Taboão da Serra (SP). Em 2005, elas lecionavam para uma turma de 5ª série de recuperação de ciclos com muitos problemas de escrita, o que as motivou a procurar a Diretoria de Ensino para participar do programa Letra e Vida, oferecido pela rede paulista a professores de 1ª a 4ª série. "Fiquei surpresa com a insistência das duas. Como havia vagas, abrimos uma exceção e valeu a pena", diz Silvia Batista de Freitas, coordenadora-geral do programa na Diretoria de Ensino da cidade. O curso iniciou em março. No segundo semestre, a turma de alunos foi distribuída nas salas regulares. Com o objetivo de trabalhar a escrita, Valéria e Jaidê elaboraram um projeto sobre aids. Os alunos assistiram a vídeos, debateram e levantaram o que sabiam e o que gostariam de saber sobre o assunto. As leituras foram sistemáticas e diárias, com pesquisas em livros, revistas, enciclopédias, internet e panfletos informativos - gênero escolhido para ser o produto final do projeto. "Leitura e escrita não são apenas conteúdos de Língua Portuguesa. São práticas necessárias em todas as disciplinas e em todas as séries", diz Jaidê. "Por isso, temos a responsabilidade de conhecer o modo como os alunos aprendem e assim estimulá-los a ser leitores e escritores mais competentes", conclui Valéria.
http://bancodeatividades.blogspot.com/2011/09/projeto-quinto-ano-10-sala-de-aula.html
PROJETO QUINTO ANO (10) - A sala de aula
ATIVIDADES PARA ALUNOS (estão em anexo)
2º. Pedro e Paulo utilizaram o pé como unidade de comprimento:O pé de Pedro coube 60 vezes e o de Paulo 50 vezes no comprimento da sala.
Como cada pessoa escolheu uma unidade de medida diferente (Ângela e Maria utilizaram o palmo e Pedro e Paulo utilizaram o pé), os resultados obtidos são diferentes, o que dificulta a comunicação entre elas.
Vamos medir a sala com o pé?
Anote aqui o resultado:........................................
Como todos podemos notar as medidas não são as mesmas, não só porque usaram unidades de medidas diferentes, mas porque também o pé e o palmo de uma pessoa é maior ou menor que o de outra pessoa.
Quando os povos começaram a vender e a comprar coisas, dividir as terras, construir navios, casas, essas maneiras individuais de medir foram sendo deixadas de lado.
Para facilitar e simplificar essa comunicação, isto é, para que todos pudessem obter os mesmos resultados ao medir alguma coisa fixou-se o metro como unidade padrão de comprimento.
Utiliza-se o metro para medir a altura das pessoas, o comprimento de uma peça de tecidos, a distância entre duas casas, a largura de um rio, a extensão de uma rua.
Existem vários instrumentos de medida que utilizam o metro como padrão. Você já deve ter visto algum desses objetos ou mesmo ter algum deles em sua casa. Veja:
A régua escolar também é baseada no metro e em escala menor: os centímetros
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SEMANA NACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA
22 a 26 DE AGOSTO: SEMANA NACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA IMTELECTUAL E MÚLTIPLA
Tema: “A pessoa com deficiência quebra a cultura da indiferença. Tenha coragem de ser diferente".
Sugestões de Atividades Interdisciplinares
Tema: Diferença? Que Diferença é Essa?
Menina Bonita do Laço de Fita
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...
Ana Maria Machado
Sugestões de Atividades
Oralidade
·
Leitura dramatizada em voz alta pelo professor
· Interpretação do texto de forma oral (o professor elabora perguntas sobre o texto para certificar-se de que houve compreensão)
· Escrever o seguinte trecho no quadro para que as crianças leiam, até decorar: “ Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?”
· Numa segunda leitura da história as crianças participarão fazendo o papel do coelhinho fazendo a pergunta acima.
· Conversa na rodinha sobre as diferenças entre cada ser vivo: plantas, animais, seres humanos. E sobre a importância dessas diferenças para a harmonia do universo.
_“Que graça teria se todas as plantas, todos os animais e todas as pessoas fossem iguais? Isso causaria problemas? Quais?”
_ E se todas as árvores frutíferas só dessem limão?
_ E se todas as pessoas fossem da mesma cor, torcessem pelo mesmo time, gostassem dos mesmos livros, etc.
· Conversa sobre o respeito que devemos ter pelos outros, pois cada um de nós é diferente ( ampliar o sentido de diferente também para as pessoas portadoras de necessidades especiais)
Escrita e outros registros
·
Retirar do texto palavras ou frases para trabalhar os conteúdos do programa do professor.
· Escolher uma frase para que cada aluno circule as letras do seu nome
· Ilustração da história pelos alunos.
· Ditado de palavras (retiradas da história) com sílabas simples ou complexas dependendo do nível da turma.
· Escrever palavras do texto juntas para que reescrevam separadamente. Ex: casa damenina:.............................................
· Circular a maior palavra de um trecho. Ex: Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
Observação
·
Observar os colegas para perceber as diferenças físicas e de personalidade, depois descrevê-los.
· Sair da sala para observar os diferentes tipos de plantas e animais que nelas vivem. Ex: passarinhos, formigas, borboletas e outros.
Produção de texto oral ou escrito
·
A partir da gravura que segue abaixo as crianças criarão histórias e contarão para os colegas.
· As crianças criam a história e professor escreve no quadro, após a leitura coletiva (2, 3 ou mais vezes), as crianças escrevem o texto no caderno.
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o menino que viu uma coisa
O MENINO QUE VIU UMA COISA...
Alberto Filho
Ele era um Menino que não gostava muito de ir para a Escola. Era um campeão em gazear aulas.
Um dia a caminho da Escola, ele resolveu descobrir o que tinha dentro daquele Casarão abandonado de mais de 200 anos...
Este Menino deixou de ir à Escola hoje...
Ele queria ir explorar uma casa abandonada que viu no caminho...
O que será que ele vai achar lá dentro?
Todo dia era a mesma coisa. Sua mãe entrava no quarto e dizia:
- Dormindo desse jeito você vai acabar chegando atrasado!
E ele dizia: - Peraí que vou dormir só mais um pouquinho...
Apesar de muito preguiçoso, ele sempre ia para a Escola. Pelo menos era o que ele dizia.
Mas muitas vezes ficava brincando pela rua e não pisava nem lá.
- Nasci para explorar o Mundo e não para estudar - vivia dizendo.
Um dia a caminho da Escola, uma amiga da sua turma lhe disse:
- Dizem que naquele Casarão tem um tesouro escondido.
- Dizem também que lá tem um mistério, e aquele que resolver ganha o Tesouro.
Pronto, era tudo que ele queria ouvir. Era seu sonho ficar rico sem fazer força. Então planejou:
- Amanhã, ao invés de ir à Escola, vou explorar esse Casarão, pegar o Tesouro e ficar Rico!
No dia seguinte, sua mãe até estranhou ele ter se levantado tão cedo para ir à Aula.
Só que ele não foi. Foi sim, direto para o Casarão. Escondeu sua mochila numa moita ali perto e devagarinho subiu os degraus até a porta.
Pelo que diziam ninguém morava ali há mais de 150 anos.
Antes de empurrar a porta, ele colocou o ouvido nela para ver se ouvia algum ruído vindo de dentro.
Como nada ouviu resolveu entrar. Ao empurrar a pesada porta, ela fez um barulho que o deixou arrepiado da cabeça aos pés...
Quando ela abriu, uma estranha Luz saiu lá de dentro...
Então ele viu uma COISA que não gostaria nunca de ter visto!
Era Uma Criatura Monstruosa que deu uma gargalhada tão terrível que o deixou paralisado.
E aí a Criatura falou:
- Então você gosta de Gazear aulas... Você agora vai morar aqui comigo para sempre...
E a estranha Criatura disse ainda:
- Muitos iguais a você já entraram aqui e nunca mais saíram. Venha não seja tão acanhado entre...
Ele não sabe como conseguiu se mexer, mas conseguiu...
Então ele deu o maior carreirão da sua vida, e viu que a Criatura correu atrás para pegá-lo...
Ele corria e só ouvia o ruído do Bicho logo atrás dele.
Correu o mais que pode e entrou numa floresta muito fechada e escura.
- É minha única chance de escapar dele - Pensava aterrorizado.
Então descobriu que estava perdido e já havia anoitecido...
Nesse momento Ele sentiu que estava sendo observado.
Então viu à sua volta Olhos ameaçadores olhando para ele de dentro da mata.
Cheio de pavor, pensou na sua Mãe e muito arrependido disse:
- Nunca mais deixo de ir à Escola! - E deu o maior grito da sua vida.
Foi nesse momento que aconteceu um verdadeiro milagre.
Ele descobriu que estava sonhando e que acabara de acordar...
Pulando de alegria ele disse:
- Então foi tudo um sonho... Foi um sonho para me mostrar que eu estava no caminho errado...
A partir daquele dia, ele nunca mais acordou tarde e nem deixou mais de ir para a Escola.
E todo dia antes de sair dava um beijo na sua Mãe e dizia:
- Você é a melhor Mãe do mundo.
Ele era um Menino que não gostava muito de ir para a Escola. Era um campeão em gazear aulas.
Um dia a caminho da Escola, ele resolveu descobrir o que tinha dentro daquele Casarão abandonado de mais de 200 anos...
Este Menino deixou de ir à Escola hoje...
Ele queria ir explorar uma casa abandonada que viu no caminho...
O que será que ele vai achar lá dentro?
Todo dia era a mesma coisa. Sua mãe entrava no quarto e dizia:
- Dormindo desse jeito você vai acabar chegando atrasado!
E ele dizia: - Peraí que vou dormir só mais um pouquinho...
Apesar de muito preguiçoso, ele sempre ia para a Escola. Pelo menos era o que ele dizia.
Mas muitas vezes ficava brincando pela rua e não pisava nem lá.
- Nasci para explorar o Mundo e não para estudar - vivia dizendo.
Um dia a caminho da Escola, uma amiga da sua turma lhe disse:
- Dizem que naquele Casarão tem um tesouro escondido.
- Dizem também que lá tem um mistério, e aquele que resolver ganha o Tesouro.
Pronto, era tudo que ele queria ouvir. Era seu sonho ficar rico sem fazer força. Então planejou:
- Amanhã, ao invés de ir à Escola, vou explorar esse Casarão, pegar o Tesouro e ficar Rico!
No dia seguinte, sua mãe até estranhou ele ter se levantado tão cedo para ir à Aula.
Só que ele não foi. Foi sim, direto para o Casarão. Escondeu sua mochila numa moita ali perto e devagarinho subiu os degraus até a porta.
Pelo que diziam ninguém morava ali há mais de 150 anos.
Antes de empurrar a porta, ele colocou o ouvido nela para ver se ouvia algum ruído vindo de dentro.
Como nada ouviu resolveu entrar. Ao empurrar a pesada porta, ela fez um barulho que o deixou arrepiado da cabeça aos pés...
Quando ela abriu, uma estranha Luz saiu lá de dentro...
Então ele viu uma COISA que não gostaria nunca de ter visto!
Era Uma Criatura Monstruosa que deu uma gargalhada tão terrível que o deixou paralisado.
E aí a Criatura falou:
- Então você gosta de Gazear aulas... Você agora vai morar aqui comigo para sempre...
E a estranha Criatura disse ainda:
- Muitos iguais a você já entraram aqui e nunca mais saíram. Venha não seja tão acanhado entre...
Ele não sabe como conseguiu se mexer, mas conseguiu...
Então ele deu o maior carreirão da sua vida, e viu que a Criatura correu atrás para pegá-lo...
Ele corria e só ouvia o ruído do Bicho logo atrás dele.
Correu o mais que pode e entrou numa floresta muito fechada e escura.
- É minha única chance de escapar dele - Pensava aterrorizado.
Então descobriu que estava perdido e já havia anoitecido...
Nesse momento Ele sentiu que estava sendo observado.
Então viu à sua volta Olhos ameaçadores olhando para ele de dentro da mata.
Cheio de pavor, pensou na sua Mãe e muito arrependido disse:
- Nunca mais deixo de ir à Escola! - E deu o maior grito da sua vida.
Foi nesse momento que aconteceu um verdadeiro milagre.
Ele descobriu que estava sonhando e que acabara de acordar...
Pulando de alegria ele disse:
- Então foi tudo um sonho... Foi um sonho para me mostrar que eu estava no caminho errado...
A partir daquele dia, ele nunca mais acordou tarde e nem deixou mais de ir para a Escola.
E todo dia antes de sair dava um beijo na sua Mãe e dizia:
- Você é a melhor Mãe do mundo.
Sugestões de atividades
Leitura e Compreensão de Texto ( oral ou escrito)
Gênero: conto
· Leitura dramatizada ( poderão ser utilizado fantoches)
· Localizar informações explícitas no texto Ex: Do que o menino não gostava
a) De faltar na escola
b) De ir para a escola
c) De entrar em casa abandonadas
· Localizar informações implícitas no texto. Ex: O mundo também ensina, mas aprendemos a ler e escrever
a) Nas casas abandonadas
b) Nas ruas
c) Na escola
· Identificar a idéia central do texto. Ex: A história nos ensina que:
a) As Mães são muito boas
b) A criança não deve faltar às aulas para fazer outras coisas
c) Os sonhos são muito importante.
· Questionar e buscar opiniões ( o menino era campeão em faltar as aulas, isso é bom? E você, gostaria de ser campeão em quê?)
Produção e Compreensão de Textos Orais
Números e operações
Gráficos
Gênero: Exposição oral
· Narração de Histórias reais ( As crianças poderão narrar suas próprias experiências nos dias que não foram para a escola sem um motivo sério).
· Estratégias de argumentação da fala. ( Cada criança dirá um motivo pelo qual não deve faltar aula, cada argumento será comentado pela professora)
· Antecessor e sucessor ( Contar quantos alunos vieram e quantos faltaram, registrar os numerais e verificar os numerai que vem antes e depois e assim sucessivamente)
· Identificar quantos meninos e quantas meninas estão na sala, efetuar operações de adição e subtração com esses e outros numerais)
· Fazer um gráfico de colunas representando a quantidade de meninos e de meninas presentes na sala de aula na sala de aula, fazer a leitura do gráfico para verificar quem é a maioria.
Produção de Textos Escritos
Gêneros: Poema /Acróstico
Sou sucesso
Sou aluno nota 10
Já sei ler e escrever
Conheço muitas palavras
E agora vou dizer
Com S escrevo sapato e sogra
Com U escrevo uva e urso
Com C escrevo casa e cravo
Com E escrevo escola e escova
Com S subo e salto
Com S sabido sou
Com O olho o outro
O outro é SUCESSO
SUCESSO também eu sou.
· Relacionar palavras que tenham significado parecidos. Ex:
- sabido faltar
-dizer pulo
-salto inteligente
-gazear falar
Escrever outras palavras que comecem com
S____________
U____________
C____________
E____________
S____________
S____________
O____________
· Contar quantas letras diferentes tem a palavra SUCESSO
· Indicar a letra da palavra sucesso que faz parte do próprio nome.
· Escolher a frase verdadeira
a ) O sucesso do aluno é aprender a ler e escrever.
b) O aluno de sucesso é o que só faz as tarefas quando quer.
· Acrescentar letras entre as duas primeiras letras para formar novas palavras. Ex:
a) Pato – prato
b) Tato - _____
c) Cavo - _____
d) Boa - ______
e) Pego - ______
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